Food Fraude
O conceito de Food Fraude tem sido definido pelo Global Food Safety Initiative (GFSI) como "termo coletivo, englobando a substituição deliberada e intencional, adição, adulteração ou falsificação de alimentos, ingredientes alimentares ou embalagens de alimentos, rotulagem, informação de produto ou falsas ou enganosas declarações feitas sobre um produto para ganho económico que pode causar impacto na saúde dos consumidores.”
Esse tipo de transgressão de motivação económica é resultado da combinação de oportunidades, motivação e medidas inadequadas de controlo. Por isso, para identificar e avaliar as potenciais fraquezas do processo é necessário realizar uma avaliação de vulnerabilidade que abranja toda a cadeia desde a entrada do produto ou matéria-prima nas instalações até a sua saída, dos fornecedores até análises de seu próprio produto, garantindo sua pureza e implementando medidas de mitigação para ameaças significativas. Essa avaliação de ameaças nos alimentos é chamada de programa de Food Fraude.
Por este motivo os produtores de alimentos, empresas, necessitam de criar estratégias (Food Defense) para combater a fraude alimentar, implementando medidas preventivas para todos os pontos da sua cadeia.
Segundo o Codex Alimentarius, o conceito Food Defense refere-se à “garantia de que o alimento não causará danos no consumidor quando preparado e/ou consumido de acordo com o uso a que se destina”.
O desenvolvimento de um Plano Food Defense implica que seja feita uma análise de risco para avaliação da vulnerabilidade dos processos de produção e distribuição de produtos alimentares, recorrendo a uma avaliação de risco sistemática a todas a fases da cadeia de fornecimento. A avaliação do risco deve ser feita por uma equipa multidisciplinar e deve considerar a motivação de potenciais atacantes, a vulnerabilidade do alvo (acessibilidade ao produto e processo) e o potencial impacto de um ataque com sucesso.
A partir do resultado da avaliação de risco devem ser definidas e implementadas medidas de mitigação e estabelecidos sistemas de alerta. Os procedimentos em prática devem ser testados quanto à sua eficácia e regularmente verificados.